segunda-feira, 17 de maio de 2010

Seu Pai não tem a intenção de deixá-lo cair

Em seu encantador livro “The Dance of Hope” (A Dança da Esperança), meu amigo Bill Frey conta a história de um estudante cego chamado John, de quem ele foi tutor na Universidade do Colorado em 1951. Um dia Bill perguntou a John como ele havia ficado cego. O estudante descreveu um acidente que acontecera em sua adolescência. A tragédia tirou não só a visão do garoto, mas também sua esperança. Ele disse a Bill: “Fiquei amargurado e com raiva de Deus por ter permitido que aquilo acontecesse, e descontei minha ira em todos ao meu redor. Eu achava que não tinha mais futuro, e que por isso não moveria um dedo sequer em meu benefício. Deixaria os outros esperarem por mim. Fechei a porta do meu quarto e me recusei a sair exceto para as refeições.”

Tal revelação surpreendeu Bill. O estudante não demonstrava mais nenhuma amargura ou raiva. Então ele pediu que John explicasse a mudança. John atribuiu isso a seu pai. Cansado da festa da piedade e pronto a fazer com que seu filho progredisse na vida, ele lembrou o menino do vento do inverno que estava se aproximando e disse-lhe para preparar as janelas extras que protegeriam as janelas comuns do mau tempo. “Faça o trabalho antes que eu volte para casa”, o pai insistiu, batendo a porta ao sair.

John reagiu com ira. Resmungando, praguejando e apalpando o caminho até a garagem, ele encontrou as janelas, a escada e as ferramentas, e então começou a trabalhar. “Ele vai lamentar quando eu cair da escada e quebrar o pescoço.” Porém, ele não caiu. Pouco a pouco, ele deu a volta na casa e terminou a tarefa.

O serviço atingiu o objetivo do pai. John relutantemente percebeu que ainda podia trabalhar e começou a reconstruir sua vida. Anos depois, aprendeu algo mais sobre aquele dia. Quando partilhou esse detalhe com Bill, seus olhos se encheram de lágrimas. “Descobri mais tarde que em momento algum daquele dia meu pai esteve longe de mim por mais de um metro e meio de distância”.

O pai não tinha a intenção de deixar o menino cair.

Seu Pai também não tem a intenção de deixá-lo cair.

Fonte: “Quem tem sede venha”, Max Lucado, CPAD (págs.80 e 81).

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