terça-feira, 3 de abril de 2012

Quem Não Trabalhar, Não Coma

Por: Pr. Olavo Feijó

"Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também". [2 Tessalonicenses 3:10]

A iminência da segunda vinda de Cristo estava conflitando os cristãos de Tessalônica, ao ponto de levar alguns a largar o próprio emprego. O apóstolo Paulo, no meio das suas explicações, declarou: “Quando estávamos aí, demos a seguinte regra – quem não trabalhar, não coma.” (II Tessalonicenses 3:10).

Desde o primeiro século, não faltaram cristãos preocupados com a cronologia do final dos tempos. Como acontece ainda hoje. O grupo habituado a seguir textos fora do contexto, era categórico. ‘Como Cristo vai voltar iminentemente, o bom crente deve abandonar todos os compromissos do seu viver e fiar no templo, orando, jejuando, para receber dignamente o Senhor.’ Com o todo o respeito e amor cristão, o apóstolo discordou desta posição e insistiu que viver a vida diária cristãmente é a melhor maneira de receber o Senhor, na Sua volta.

O famoso texto “quem não trabalhar, não coma” pode ser encarado como uma declaração bíblica sobre o valor intrínseco da instituição do trabalho. A primeira vez que a Bíblia fala de trabalho se encontra logo no princípio de tudo, no Gênesis. O ser humano recebeu, do Criador, a responsabilidade de trabalhar a terra. A ordem não foi: pintar a terra, ou negociar a terra, ou conquistar a terra. Foi, categoricamente, “trabalhar”. Neste grande contexto, faz sentido a palavra de Paulo: trabalhar é a atitude certa, divina, desde o Gênesis, até o Apocalipse. Desde a promessa do Cristo, até Seu reinado final e triunfal. Lembremo-nos que Jesus afirmou: “Meu Pai trabalha até hoje. E eu trabalho também.”

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